Desculpe, baby.
O seu mundo é maior do que o meu, o seu destino é fabuloso. Sua estadia no brasil é apenas uma aventura, o seu affair é com Paris, Nova York e Milão. Sua vida é um longa metragem cheio de drama, mas com os melhores produtores, contra-regras, cinegrafistas e coreógrafos. Seus textos são a obra prima da inteligência e da cultura. Seu nome por si só já lhe eleva ao mais belo altar que lhe é merecido.
Que pena, baby.
Nasci pra ser simples, pescar na beira do rio e soltar pipa na rua. No meu calendário não tem carnaval. Minha vida é pacata, tenho a paciência que me cabe perante a correria das metrópoles. Não tenho nome de galã e minha Paris é a padaria da esquina.
Não é bem assim, baby.
Essa paixão não foi eu quem quis, eu nasci é pra ser feliz. Quero a loucura e a sensatez de um abraço seguro. Não, o seu filme não combina comigo, eu não quero ser o seu amigo, se não for pra viver na calmaria do seu abrigo, vou ficar com a solidão do meu próprio umbigo.
Baby.
O seu roteiro é bem melhor do que o meu. Sua vida tem o sabor dos chás de londres, e a minha, baby, da pinga de um bêbado fracassado andando pelas ruas da minha Paris.
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