Sua vida escrita num papel amassado, com listras e sem emendas. Ele não escolheu, mas gostou mesmo assim, afinal, foi o vento quem havia trazido, ele só continuou a escrever.
Escrevia com vontade, nada mais lhe abalaria. Ele tinha decidido viver por si só, tatuou no peito o próprio nome.
Viveu demais, escreveu jornais, poesias, e principalmente sua vida. Poucos o liam, é verdade, mas também pouco importava.
Quanto custou ter esquecido? Quanto vale alguém que faz o que diz? Quantos domingos ele chorou? E quantas vezes só o silêncio respondeu?
O livro das respostas só tinha perguntas, e o papel amassado, com listras e sem emendas, voou com todas elas. Ele não escolheu, mas gostou mesmo assim, afinal, foi o vento quem levou.
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